domingo, 30 de novembro de 2014

Aos vivos



as pessoas vão embora assim

no sopro suave dos ventos


dobram a esquina do tempo


carregadas depois em


carreatas de


anjos dourados


os vejo


no céu em forma de nuvens


acenando e sorrindo


nem aí para as lágrimas que descem ao chão


egoísmo puro egoísmo


essa coisa de morrer


um brinde aos que nascem


e a tudo o que está vivo


inclusive


à memória dos que já tenham ido


e aos convívios


do agora


eu brindo


!



            - Graça Carpes